Parque do Xaréu
Boca do Rio, Salvador, Bahia.A história do bairro inicia-se na época dos escravos, que saindo do Quilombo do Cabula iam se banhar e pescar nas águas da boca do Rio das Pedras. Seguindo seus instintos ancestrais os escravos saiam do Quilombo do Cabula em busca da fartura de Xaréus na desembocadura do Rio das Pedras.
Logo, naturalmente a atividade pesqueira encarregou-se de povoar a comunidade, que tendo nascido da boca do Rio das Pedras, foi batizada de Boca do Rio. As primeiras casas construídas no local eram de taipa e chão batido, cobertas de palha e habitadas por pescadores e suas mulheres, que fabricavam vassouras para ajudar na receita doméstica. Até a década de 60, havia no lugar uma grande lagoa, hoje aterrada, e também um manguezal, que era margeado por sua vegetação típica.
O Xaréu, (Caranx hippos) é um peixe oceânico que pode tolerar uma ampla variação de salinidade. Ocorre nas proximidades dos recifes de corais, em águas costeiras, como portos e baías protegidas, e em águas salobras, na foz e subindo os rios costeiros. Vive em pequenos cardumes, é uma espécie migratória, e um predador voraz que consome preferencialmente pequenos peixes, como paratis e tainha, assim como camarões e outros invertebrados. Peixe importante na pesca esportiva e comercial.
A área que compreende a foz do Rio das Pedras (Boca do Rio), e uma região que abriga a Colônia de Pesca da Boca do Rio, cinco quadras poli-esportivas e a porta de entrada da Praia dos Artistas, sendo este um pólo cultural de importância fundamental para o resgate social, cultural e econômico, para o resgate da memória das raízes ancestrais da grande maioria dos moradores desta comunidade e conseqüentemente a auto-estima destas pessoas que serão inseridas na realidade turística, social e econômica da cidade apenas vivendo normalmente seguindo suas atividades socioculturais rotineiras.
O projeto Boca do Rio Cultural - Casa da Memória da Boca do Rio vem através do presente projeto oferecer uma alternativa para o processo de resgate e difusão da historia e da cultura desta comunidade conhecida como reduto cultural, bem como proporcionar auto sustentabilidade aos pescadores da colônia de pesca da Boca do Rio, inserindo suas famílias na cadeia produtiva da pesca agregando valor ao pescado.
Alem da venda do pescado in natura, outra fonte de renda para a colônia será a comercialização dos produtos preparados pelas famílias dos pescadores na área gastronômica da colônia de pesca, fortalecendo e valorizando a importância do trabalho destes homens simples, que retiram do mar o sustento de suas famílias.
O Memorial Parque do Xareu vem na perspectiva de oferecer um diferencial turístico para uma parte importante da orla de Salvador, com geração de renda sob os princípios da economia solidaria, o Memorial será um livro a céu aberto, oferecendo historia, conhecimento, cultura, ecologia, informação, esporte, lazer e gastronomia e o mais importante, fonte de renda para a população local da Boca do Rio resgatando o valor histórico da nossa cultura litorânea, principalmente na Praia dos artistas, local conhecido por ser palco do surgimento de movimentos culturais de vanguarda, contando a historia do nosso país.
Na
década de 70 a
Praia dos artistas deu luz a Tropicália, hoje abrigará O Memorial Parque do
Xareu, um projeto de resgate e preservação ambiental e cultural, que objetiva
principalmente devolver as características predominantes da natureza do local
incluindo a comunidade local e suas culturas e tradições, tudo muito simples e
bem organizado para garantir auto sustentabilidade da cultura e da economia
local.
É certo o que o conceito de cultura
é extremamente amplo, entretanto quando falamos de Turismo cultural este obtém
uma conotação restritiva. O termo Turismo Cultural designa uma modalidade de
turismo cuja motivação do deslocamento se dá, segundo Andrade, com o objetivo
de encontros artísticos, científicos, de formação e de informação.O Turismo Cultural se caracteriza por uma permanência prolongada e um contato mais “intimo” com a comunidade, ocorrendo viagens menores e suplementares dentro da mesma localidade com o intuito de aprofundar-se na experiência cultural.
Este segmento turístico cujos programas são voltados aos participantes interessados em entrar em contato com o “novo”. Possui como atividades a dança, a música, as festas culturais, o folclore, a culinária, pesquisa, expedições, exposições pesquisa de campo etc.
Planta Proposta
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Recomposição
de vegetação nativa de foz.
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Monumento
ao Jangadeiro. (fundador)
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Pôsteres
informativos (Tropicália, Jubarte, Terreiros,Tartarugas...)
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Quadra
1- Futebol de areia.
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Quadra
2- Vôlei de Praia/Futevôlei.
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Quadra
3- Basquete de Rua.
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Quadra
4- Basquete Tradicional.
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Quadra
5- Futebol Tradicional.
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2
Lixeiras do Projeto Tamar.
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2
Telefones Públicos com o Chapéu de Pescador.
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Uma
Calçada da Fama (Tropicália)
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Área
de gastronomia da Colônia de Pesca.
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Quiosques
de Coco, Caldo de Cana, Acarajé e Alimentação Natural.
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Portal
da Praia dos Artistas.
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Centro
de Artesanato Nativo.
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Memorial
da Restinga (Zenildo Barreto)
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Mural
da Puxada de Rede (Rosival)
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Sede
da Administração do Parque no Clube de Tênis.