Personalidades da Boca do Rio


As profundas raízes africanas e tupis proporcionam a esta comunidade da cidade de Salvador uma diversidade cultural ímpar. A Boca do Rio se mantém na vanguarda dos movimentos culturais, sendo nada menos que o cenário do surgimento da Tropicália e o berço da contracultura da cidade. Terreiros de candomblé, Ternos de Reis, Grupos de Capoeira, Grupos tradicionais de Samba e Mestres Populares são alguns dos exemplos da incalculável riqueza cultural deste lugar que correm o risco de cair no esquecimento. Com sua característica pioneira a comunidade proporciona constantes inovações na evolução da arte brasileira, o título de REDUTO CULTURAL é merecido, partindo do surgimento da tão conhecida Tropicália, até a atual e poderosa influencia da sonoridade jamaicana do Raggamuffín e do DanceHall introduzida em Salvador pelo seu nobre morador DJ Raiz.
_________________________________________________________________________________

Um dos orgulhos da Boca do Rio está entre os agraciados com o mais importante prêmio nacional dos Estados Unidos nas artes tradicionais. Mestre Jelon Vieira, 55, vai receber o National Treasure, concedido pelo National Endowment for the Arts (NEA, em inglês), em cerimônia na Casa Branca em Washington D.C., pela divulgação da capoeira no país.  Jelon Vieira, o Mestre Jelon recebe merecidamente o prêmio pela preocupação em divulgar a capoeira nos Estados Unidos. Desde a chegada dele no país, na década de 70, vem ensinando e realizando apresentações. Em 1977, fundou a companhia profissional de dança contemporânea DANCEBRAZIL, sediada em Nova Iorque e com apresentações já realizadas na Europa. Promoveu ainda mais a capoeira através da Capoeira Foundation, criada por ele em 1980, dando ênfase à dança e à música. O Centro Cultural Brasileiro em Nova Iorque reconheceu Mestre Jelon como o Pioneiro da Capoeira nos Estados Unidos, no ano de 2000. Levando a arte país afora.


Mestre Nô, Norival Moreira de Oliveira nasceu em Coroa, Itaparica, Salvador, Bahia, Brasil, no 22 Junho de 1945. Aos 7 anos, a família se transferiu para Massaranduba, bairro popular da cidade baixa de Salvador não muito longe da igreja do Bonfim. Mestre Nô fundou a academias Retintos, depois Orixás da Bahia, ainda existente sob a direção do mestre Dinelson. Em 1980, depois de ter-se mudado para a Boca do Rio, fundou a academia Palmares. Ele tem ensinado para milhares de capoeiristas. É presidente fundador da Associação Brasileira Cultural de Capoeira Palmares. Hoje, Mestre Nô mora com a esposa, os filhos e netos no bairro da Boca do Rio, Salvador. Ensina em Pituba e, alguns meses cada ano, em Nova Iorque. É chamado pelos alunos no Brasil e no mundo para participar em eventos, promover capoeira e dar orientação.


 Mestre Boca do Rio. Em 1983 Marcelo Conceição dos Santos, um jovem trabalhador morador do bairro da Boca do Rio, começou a praticar capoeira no Grupo de Capoeira Angola Pelourinho (GCAP) localizado no Forte Santo Antonio além do Carmo, Salvador/Bahia , local onde foi formado em Contramestre de Capoeira Angola no ano de 1996 pelo Mestre Pedro Moraes Trindade (Mestre Morais), que foi seu Mestre junto a Cínésio Peçanha (Mestre Cobra Mansa). Boca do Rio trabalhou como arte-educador de crianças e adolescentes (entre 5 e 17 anos de idade) em diferentes escolas do Brasil. Durante 4 anos (1993-97) deu aulas de capoeira Angola para crianças em situação de risco no PROJETO AXÉ ( http://www.projetoaxe.org.br/ ) e no PROJETO CECUP ( http://nnn.softwarelivre.org/cecup/blog/ ). Em seus últimos 7 anos em Salvador, até 2007, trabalhou na Escola Casa Via Magia (Federação) e na O. A. F. Organização Auxílio Fraterno (na liberdade) onde também conseguiu formar uma grande orquestra de berimbaus com seus alunos.
No ano de 1998 fundou o Grupo de Capoeira Angola Zimba, em uma escola pública localizada no bairro onde foi criado, “PITUAÇU”. Sendo hoje, o Zimba, um dos grandes e fortes grupos de Capoeira Angola que é referência no mundo inteiro com 12 anos de existência.


Babalorixá Air de Oxaguiã.O Terreiro Ilê Odô Ogê/ Pilão de Prata, da nação Ketu, foi criado em 1963, tendo como seu Babalorixá Air de Oxaguiã, filho de Tertuliana Souza de Jesus e sobrinho de Mãe Caetana. Iniciado por sua tia nos rituais do candomblé tornou-se o substituto do trono da família Bangbosé, dando continuidade a toda uma tradição.


Ebomi Ana Laura é ialorixá do terreiro Ilé Axé Araká Togun, situado na Boca do Rio em Salvador. filha da Yalorixá Simplicia de Ogum.


Mãe Rosa. O Terreiro Oyá Onipó Neto, localizado na Av. Jorge Amado (Imbuí), há 28 anos, e que sofreu demolição por ordem da Sucom, o que gerou grande problema de caráter religioso; culminando na reconstrução do templo, o que inspirou o Filme de Carlos Pronzato, “Até Oxalá vai a guerra”.

Ator e bailarino, Luís Miranda aponta, de uma maneira crítica e bem humorada, as diferenças do Brasil através de seus personagens completamente diferentes, em sua maioria criados pelo ator. Os personagens são todos bebidos do cotidiano, da vida e das observações que ele tem desde a infância até o momento de hoje.



Boca do Rap. Surgiu no inicio de 2005. Criado inicialmente para divulgar os grupos de rap da boca do rio, os quais não tinham espaço para se apresentar e quando achavam esses eram com sonorização precária e muitos outros problemas. O evento foi idealizado por Siba (Provérbio final), Junior (ex Libertário) e Victor (atitude diferenciada). De 2005 para cá houve grandes mudanças no evento, temos como produtores Siba, Dr., Fúria 1, Ney e Dj. Naldo. Temos também grandes parceiros como a Escologia e a CMA hip hop, também temos pessoas do nosso lado que divulgam incansavelmente pela internet.
Depois de certo tempo houve a necessidade de abrir espaço para grupos de outros bairros e outras cidades, apesar de ser um evento 0800 e não paga cachê aos grupos, o evento é considerado por todos um dos melhores no cenário soteropolitano; por promover ótimos momentos ao publico freqüentador e uma excelente divulgação aos grupos que ali se apresentam.

Raimundo Sodré. Nascido no interior da Bahia, em 23 de julho de 1947, é filho de Anacleto Pereira Sodré, maquinista da Leste Brasileira, e de Laura Rosa Brandão, artesã de renda de bilro e crochê. Seu pai, da cidade de As primeiras músicas que tocou foram as chulas que ouvia em Ipirá, depois o samba-canção "Tudo de Mim", sucesso cantado por Altemar Dutra, cuja voz Sodré muito admirava. Sempre tocando e cantando, ele cumpriu os estudos básicos, até entrar no tradicional Colégio Central da Bahia, um dos centros da intelectualidade estudantil baiana nos complicados anos sessenta. . Em 1972, recém casado resolve mudar-se para São Paulo. Na oportunidade ele cantou algumas músicas de Gonzagão, Jackson do Pandeiro, Gilberto Gil, e outros. Na ocasião, foi apresentado ao produtor Paulo Leivas, que o levou para a gravadora Continental, projetando o lançamento de um compacto simples onde ele cantaria duas músicas de Gonzagão: "Vou Casar Já" e "Onde Tu Vai Luiz?". Mas o disco terminou não saindo porque, logo depois, o produtor saiu da gravadora, que abandonou o projeto. Na Continental, Sodré conheceu Belchior, Odair Cabeça de Poeta, e o pessoal do grupo Capote. Em 1974, dois anos depois de haver chegado à São Paulo, Sodré resolve voltar para a Bahia. Foi morar com o pai na cidade de Santo Amaro da Purificação, onde conhece Roberto Mendes e Jorge Portugal e entra para o Sangue e Raça, um grupo que misturava música e teatro.

Neto Lobo e a Cacimba. O olhar passa pelo sertão nordestino, mas segue em frente. Vamos até onde a vista pode chegar. Cacimba faz música para o mundo. E ainda somos brasileiros, restos tropicais, muito orgulho, pouco grito, cachaça e heavy metais.“Neto Lobo e a Cacimba” canta a cultura interiorana desde 2001, tendo como pano de fundo as possibilidades sonoras desse mundo de meu Deus. Uma das principais características do grupo baiano é a mistura da linguagem pop com elementos tradicionais da música nordestina e afro-baiana, com destaque para utilização de instrumentos típicos como pandeiro, surdo virado, zabumba e timbau.
O primeiro disco da banda faz um “apanhado” geral dos oito anos de existência, distribuídos em várias fases que se entrelaçam constantemente: resistência, cultura interiorana, persistência, baianidade, e por último, uma temporada no Rio de Janeiro (Outubro/2006 à Abril/2007).
O álbum tem doze faixas e foi feito ‘divagarinho’, de julho de 2007 a janeiro de 2008, com letras que falam do cotidiano do nordestino em suas diversas viagens e adversidades, embaladas pelo forte sotaque e pela voz marcante de Neto Lobo.
Sob a inspiração de uma das mais sólidas tradições jamaicanas surgida nos anos 50, a cultura dos sound system, o MINISTEREO PUBLICO é a primeira equipe de som de Salvador especializada em reggae, dub, ragga, dancehall e jungle. O grupo vem ocupando as ruas, praças, bairros e casas noturnas da cidade, com o intuito de popularizar e fortalecer a cultura de sistema de som na Bahia, além de levar intervenções artístico-urbanas onde elas nunca estiveram.
O grupo tem como proposta, promover o intercâmbio entre artista, informação e comunidade, interagindo com as mais diversas formas de expressão. Assim, o MINISTEREOPUBLICO sistema de som vai disseminando suas influências e, agregando valor próprio a toda diversidade musical jamaicana.
ministereopublico é:
Raiz Selecta (Dancehall e Ragga)
Dfrence Selecta (Dancehall/ Jungle)
Fael 1° (toaster)
Regivan (técnico de som)


Cardan Dantas.A produção de Cardan Dantas é fruto de uma prolongada convivência com violeiros, repentistas, sanfoneiros, tropicalistas, criadores da bossa - nova e diversificados poetas - dos de cordel aos concretistas - em ondas sucessivas de exuberante criatividade, num verdadeiro caldeirão de palavras aquecido nos rítmos desta nossa Afro-ibero-latinoamerica. Cardan realça os matizes de sua poesia trilhando um caminho estético para onde convergem inúmeras influencias culturais e filosóficas. Sua obra tem como fonte mais evidente as manifestações populares, onde predominam os elementos tradicionais da nossa linhagem nativa. Em suas parcerias com incontáveis amigos - artistas de variadas tendências musicais - ele compõe, na arte dos versos e letras, um vasto painel onde brilham a originalidade, a surpresa, a harmonia. Bebendo nos mananciais da ilimitada exuberância da linguagem popular brasileira, o autor passeia suas letras nos acordes de músicos como Luís Melodia, Pepeu Gomes, Alcyvando Luz, João Donato, Edil Pacheco, Perinho Santana, Raimundo Sodré, Leguelé, Carlos Pita, Amadeu Alves, Zecrinha, Chico Evangelista. Tomando a coca -cola como ícone de nosso tempo, Cardan Dantas, com um sorriso irônico, promove uma simbiose antropofágica marcada pela sonorização rítmica e melódica das rimas dissonantes de seus versos - na língua do povo e na mistura das raças - que se aprimoram na sensibilidade e riqueza de uma obra lítero-musical de sabor decididamente contemporâneo. Saudemos e desfrutemos um artista que, além dos conteúdos usuais de uma produção poética de qualidade, tem também as cores e os sabores do nosso desvairado cotidiano.

Leguelé Marques. Baiano de Santo Amaro, cantor, compositor, músico e poeta; com trabalhos desenvolvidos a partir da década de 70, em festivais musicais e apresentações em shows em nível nacional ao lado de nomes da música popular, Leguelé vem se revelando numa marcante seqüência de ritmos vivos, que destaca a brasilidade mesclada, construída, entre tantas, do ritmo nordestino ao também caribenho, com a maternidade africana sempre declarada. O caldeirão tropicalista que mesclou as guitarras com sambas de roda, levou Leguelé a desenvolver trabalho norteado pela mistura de ritmos e melodias. Daí originou-se uma melodia singular que reflete a paixão por todos os estilos, de João Gilberto a Luiz Gonzaga.
Atualmente, tem se dedicado à difusão do lançamento do seu último CD "Cidade do Amor" em homenagem a Salvador, com textos dos educadores Cid Teixeira e Jorge Portugal. Em sua caminhada produziu parcerias com vários poetas, entre os quais Antônio Menezes, Franklin Maxado e Cardan Dantas.


 DJ Raiz. Iniciou sua carreira aos 18 anos tocando como free-lance com os grupos de RAP DHB - Abeú, Chenzira, Tiro Certo, Atitude Diferenciada e 4Preto, além de discotecar em festas particulares e eventos em Salvador. Participou de trabalhos voluntários na ONG Rever em Lauro de Freitas, transmitindo um pouco de seu conhecimento de Seletor/DJ para os jovens carentes da comunidade local. Em 2006 passou a integrar o Ministereo Público, primeiro sistema de som da Bahia inspirado nos Sounds Systems Jamaicanos, formado por um grupo de músicos, DJ's, artistas urbanos e produtores culturais onde intensificou sua pesquisa em Reggae, especializando-se na vertente Dance Hall atuando como seletor nesse seguimento. Em 2008, em parceria com amigos músicos deu inicio a Banda Dubstereo Sound que bebe nas fontes da música jamaicana e soteropolitana, tendo como ponto de partida e elemento central as células rítmicas do reggae.
Oriundo a esses projetos, em 2010 surge o Bemba Trio, decorrente da festa RoletaRussa, realizada juntamente com os cantores e mc's Russo PassaPusso e Fael1º. O Bemba Trio busca assumir palavras e sotaques bem bahiano e utilizar técnicas de sound systems em suas performances, sendo suas principais fontes de inspiração o reggae e o samba, ambos comuns por obter várias vertentes.



Ébano Bão conhecido também como Ras Ébano, compõe letras que contém a elevação da auto-estima das mulheres na pista. No ano de 2000 suas poesias foram musicadas, ao fim de algum tempo de shows termina com a banda e se destaca na tradição jamaicana dos anos 50, o Sound system representado pelo primeiro sistema de som perambulante de Salvador, Bahia, Brasil; o Ministereo Publico, especializado em reggae, dub, ragga e dance hall,que veio tomando estabilidade nas ruas, praças e bairros da cidade.
Na selecta do DJ Raiz, Ébano Bão com originalidade e criatividade de envolver em suas composições o cotidiano da boemia, do romantismo soturno e noturno, cria seu estilo exclusivo e original. Sendo comunicativo e popular artisticamente faz participações com a banda Dubstereo Sound e outros Sound system da cidade como a Agô Sound System, sistema de som onde ele fez parte da formação.
 Atualmente está na Europa com parceria com seu amigo, DJ Pureza, também fundador do primeiro sistema de som de Salvador, Bahia, se destaca com sua selecta clássica de vinis tocando na Itália e em concertos de reggae em Barcelona. Juntos eles fazem a parceria de Selecta e Toaster.

Leandro Gomes Portugal, Leandro Portugal ou simplesmente “Cara miúda” Percussionista e instrumentista que, com suas raízes no Nordeste imprimiu musicalmente sua marca na “Banda Kizumba”, ao lado do músico Bira Reis tocando Samba, Maracatu, MPB e músicas de influência Africana. Já na banda “Jaos Vivos” a mescla entre o RAP e a Axé Music eram a tônica que inspiravam Leandro Portugal em suas viagens sonoras no mundo encantado dos efeitos percussivos.
Pouco tempo depois houve incursões pela banda “Uns Balacubacos”, mesclando o Axé Music, á Salsa e o Forró.  Na Banda “Brinquedo de Menina” O Forró, O Baião e a Música Regional passaram a ser um motivo a mais para mergulhar de profundo na musicalidade Catingueira, e o estudo crescia junto com o domínio dos instrumentos. Com a “Quatro Preto”, Família Rap Malandragem, retornei ao Rap e ao Hip Hop, musicalidade que se assemelha muito ao Repente Nordestino. Fez também parte da formação da Banda “Os Informais” onde aprendi a trabalhar com Rock e MPB juntos, bem como trabalhei na banda “Zé e seu Bando” onde a musicalidade regional nordestina retornou como sempre aos meus dias de trabalho. Como um miscigenado artista , num país miscigenado, fazendo som miscigenado, eu gosto muito de explorar os efeitos percussivos, apitos, instrumentos indígenas, cajón, pandeiros entre muitos outros instrumentos.
Aidner Mendez Neves, o Luar do Conselheiro, nasceu à 21 de julho de 1983, no Rio de Janeiro, aos dois anos de idade veio para a Bahia, em Salvador; onde passou sua infância e pré-adolescência, passando suas tardes na Praia dos Artistas, na Boca do Rio, bem como na colônia de pescadores da comunidade.
No início de sua adolescência, através de seu tio e padrinho, o Luiz do Berro, conhecedor de cultura popular nordestina como poucos, pôde ter acesso à literatura de cordel, o Movimento Armorial e influências de Cantadores e Violeiros, como Ivaníldo Vilanova, Zé de Laurentino, Xangai, Elomar, Fernando Guimarães, Vital Farias, Wilson Aragão entre muitos outros. Compondo verso e prosa desde criança, inspirado em sua paixão pelos sertões, ícone direcionador de seu trabalho. As idas e vindas pelo árido sertão nordestino deram lugar a pousos em Canudos, Uauá, Monte Santo, Região Sisaleira da Bahia, Alto Sertão Moxotó em Pernambuco, e tantas outras localidades, definindo em seu trabalho o estilo regional. Luar do Conselheiro, como todo artista nordestino tem o pensamento voltado para todos os campos da arte, é Poeta, Cantador, Roteirista, Romancista, Compositor, Escritor, e Cordelista.


Guto Gutyerrez. Dono de uma voz inconfundível e uma performance no palco de  tirar o fôlego, seja interpretando Canções de Amor em Baladas, Blues, Jazz, Rock, Bossa Nova, Reggae, Dance, ou Músicas do Pop Nacional ou de língua inglesa ou até nas músicas de protesto em que se predispõe a emprestar sua voz, Guto Gutyerrez consegue mover multidões levando-as a exaltações  emocionais e sensações arrebatadoras.  Quem se propõe a ouvi-lo deseja tê-lo, possuí-lo mais e mais. O artista estreou sua vida nos palcos dos bares e casas de show de Salvador em 1995, aos 17 anos, e desde lá vem experimentando várias sonoridades, ritmos e estilos musicais diferenciados, o que só acrescentou grandiosidade à sua música, levando-o a conceber uma obra ramificada de influências que dispensa rótulos, contudo classifica-se como um artista eclético e libertário o que garante liberdade para incrementar qualquer molde de personagem ao multifacetado mundo criado por ele nos seus espetáculos. A vida de Gutyerrez nos espetáculos teatrais começou aos 14 anos, quando ele decidiu fazer uma oficina de teatro no centro comunitário do bairro da Boca do Rio, onde ele reside desde seu nascimento.

 Irmão Carlos e O Catado. Com suas intervenções e performances, fazendo balançar, com um som que usa como terreno, a black music, onde se planta experimentalismo, rock’n’roll, psicodelía e uma percussão desenvolvida com objetos da cozinha, do banheiro, de várias partes da casa, da rua, do lixo, qualquer coisa que faça som. Á frente de tudo isso vem letras irreverentes e existenciais. O grupo, nascido em agosto de 2003, já tocou nas principais casas de shows de Salvador, tocou em algumas cidades do interior, e participou de importantes festivais como: FESTIVAL DE VERÃO - Salvador 2006; GARAGE ROCK FESTIVAL 2003 (com Nação Zumbi); BIENAL da UNE 2003 em Recife-PE; MUSICA NO PORTO 2006 (Porto da Barra ); UNIVERSO PARALELO ( Praia de Pratigi ) 2006/2007. Em 2004, Irmão Carlos lança “DOMINGO DE CABEÇA PRA BAIXO”, projeto que acontece aos domingos, onde sempre se convida uma banda da cena alternativa de Salvador ou de outras cidades, e no palco, uma TV de cabeça pra baixo, ligada no programa do domingão. Em 2007, Gravou o primeiro CD “Beliscando Azulejo”, com 10 faixas de autoria do grupo e uma versão de “Uma coisa de cada vez / O que” dos Titãs. Tocou como banda principal no Unifest 2007. Em 2008 começa o ano com apoio do governo do Estado da Bahia, na realização de mais uma edição do “Domingo de Cabeça Pra Baixo”. Atualmente, tá gravando um EP, e desenvolvendo, junto com outras cinco bandas da cena independente da Soterópolis, o projeto ‘A Mariscada’, que no seu mês de lançamento já está tendo bons resultados.

Salviano Pessoa. Através do seu carisma, o baiano da Boca do Rio, Salviano Pessoa vem causando polêmica pela sua performance no palco e já é sem duvida um dos melhores shows de musica brasileira do Canadá, onde esta rapidamente se transformando em um dos músicos mais requisitados do momento em Toronto. Apos sua primeira vinda pro Canadá em 2007, ele conquistou a região do Quebec, tocando nos principais festivais, como o festival dos ritmos do mundo; em Chicutimi pra 10.000 pessoas, alem de tocar em vários festivais de Quebec. Ele também gravou em Montreal o seu DVD ao vivo %u201CLíngua Brasileira%u201D com suas musicas, onde ele mostrou que alem do seu talento, tem em suas composições algo especial, um modo inovador de fazer arranjo com letras originais e bem elaboradas. Ele compõe e toca uma salada de ritmos brasileiros, da panela desse baiano vem uma novíssima cara da MPB. Recentemente participou do Programa Brasil Ídolos 2008. Salviano começou a tocar desde cedo, aos 14 anos já fazia suas primeiras composições e hoje ja são cerca de mais de 500 composições registradas com letra e arranjo.
 Marcus Costa. Cantor, Poeta e Compositor, seus ritmos sempre flertam com o rock, nos brindando vez ou outra com baladas de um romantismo ímpar, Marcus é um desbravador dos sentimentos e das sensações.

 Arigil. Musico, Arigil é Compositor, Escritor, Esportista, Locutor, Apresentador, Orador, DJ, Dancer, e Bikerman, Arigil tocou com a banda cão de raça, do Reggaeman Édson Gomes, e atualmente divulga o uso da Bicicleta como uma forma de transporte saudável e ecológico.
Mestre Pestana é Artista plástico, morador da Boca do Rio, suas obras permeiam o modernismo e o surrealismo, telas brilhantes como a Gioconda Cangaceira entre outras povoam o universo mítico deste artista baiano.
Lucas, vulgo Alemão, de Salvador-Bahia e a 4 anos fazendo parte da cultura, procurando a cada dia evoluir, por que cada dia é um aprendizado. Em projeto do Primeiro Álbum (Correndo Pelo Certo) Nascido no Bairro do Vale dos Lagos, av.Paralela, e atualmente morando na no bairro Boca do Rio, onde se firmou com alguns manos e onde descobriu o Rap, nas rodas de Freestyle via os amigos rimando, e dai começou a se aprofundar, mergulhando de cabeça, encontrou o break onde ficou fascinado em ver aqueles manos fazendo acrobacias dentro de uma musica eletrônica; grandes talentos o  motivaram a fazer parte de movimento Hip-Hop, e como já curtia o RAP desde de moleque , se adaptou a vida de Mestre de cerimônias  junto com vários talentos do rap nacional.

 
 Ramon Melo é natural de Salvador, tem 28 anos e é estudante de graduação em bacharelado em artes plásticas na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia. Nos últimos oito anos tem se dedicado e envolvido na pesquisa "tampa de plástico" e da utilização em artes. Ele é vencedor do Prêmio Braskem Cultura e Arte, em 2007, explorando a tampa de plástico como meio de linguagem visual. Produziu uma grande instalação no Museu de Arte Moderna da Bahia com tampas de plástico como matéria-prima para fazer suas obras.


Russo PassaPusso. Nascido na Princesa do Sertão como é conhecida a cidade de Feira de Santana, Russo Passapusso, iniciou sua carreira utilizando o violão para composição de seus sambas, sua maior paixão. Conviveu com diversos ritmos nordestinos em suas passagens pelas cidades do Recôncavo Baiano e, ao chegar a Salvador conheceu o samba-reggae, motivação maior para participar de outros movimentos musicais. Estabelecendo um paralelo entre a linguagem nordestina e a cultura jamaicana, Russo, foi um dos pioneiros no desenvolvimento da cultura Sound System na Bahia.


Pati do Cavaco e Cota Pagodeiro. Rumo a 10 anos de samba de gueto - O Puro e autentico samba de mesa, samba de gueto, samba da comunidade da Baixa do Cajueiro... Na partida não tinha nenhum equipamento de som e outros acessórios apropriados ao movimento. Mais padronizado com o som ao vivo e bem popular, leva em media de 200 pessoas todas as quintas-feiras, quando não chove. A Remandiola come solta e a agremiação levanta essa bandeira até hoje... Defensores como: Cota Pagodeiro, Pati do Cavaco, D. Marta (a mãe do samba), Tarzan, Tio, Jair, Luizinho, 2 Caras, Boneco, Fofão, Sagat, Valtinho, Saulo, DJ, Oscar, Lucas, Cabo Jorge, Neném e outros.
AGÔ SOUND SYSTEM é uma equipe de som formada por Dj´s Seletores e Toasters amantes da música Jamaicana e suas variadas vertentes. Assim nasce AGÔ Sound system, nas ruas da Boca do Rio pela paixão e a vontade de divertir diversos ambientes ao qual chegue com suas ondas sonoras. Unindo o clássico dos toca-discos e Vinis à modernidade dos computadores portáteis da contemporânea musica digital AGÔ SOUND SYSTEM propaga em bits contagiantes o melhor da produção musical da tropical ilha caribenha. Trazendo inevitavelmente consigo a influência baiana de emboladas, sambas e tambores, os oito componentes do Coletivo buscam introduzir diretamente essa vivência cotidiana ao som que produzem criando uma interação entre culturas influenciadas pela diáspora africana. Entre letras picantes e cenas do cotidiano, questionamentos sociais, Delays e reverberes, AGÔ SOUND SYSTEM propaga som e idéias em climas dançantes onde informação e diversão associam-se aos acontecimentos e ambientes, sejam eles a RUA ou o HALL. Compõem a Agô o Selecta Ketu 7, o Toaster Germano e o Selecta e toaster Loro bagana.
Já são cerca de quatro anos vendendo o que ele chama de Abará Original. Tudo começou a partir de suas pesquisas sobre a origem dessa comida trazida pelos africanos para o Brasil. Ele pesquisava o sabor, as variações, e com o tempo foi desenvolvendo receitas diferentes para fazer o Abará.O seu nome é Edgar e o sobrenome é Original. Ele percorre todas as noites a barracas que ficam localizadas no Imbuí, e em toda a Boca do Rio com uma bicicleta estilizada, que ele transformou em local de trabalho e de locomoção também. A clientela que já o conhece fica esperando a hora que Edgar chega, e ao avistá-lo, prontamente gritam: “E aí, Original!”. E ele rapidamente responde: “Abará Originalizado!”.

Jorge Douglas Reis de Almeida nasceu em 12 de dezembro de1955 em Itabuna/BA. Em maio de 1980 teve início a trajetória artístico-político-cultural ,quando estudante de Letras na UFBA, organiza o I Encontro Nacional de Estudantes de Letras e publica seus poemas na revista “Repúbrica das Banana”.Em 1981 ao lado do poeta Walter Cezar cria, o selo EdiçõesTupyhanarkus, e passa a dedicar-se integralmente à literatura – escrevendo e recitando poemas, editando livros, revistas e cartões-postais. Em 1983 lança a plaqueta de poemas Confissões de um pecador Ateu – três edições.
Em 1984 passa a organizar eventos literários – festivais, encontros, seminários em Salvador e em diversos estados brasileiros, como Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Em maio de 1992 inicia um trabalho de arte-educação na Praça 2 de Julho(Campo Grande) organizando atividades com várias linguagens artísticas –literatura, teatro, dança, cinema, artes plástica. Em setembro de 1994 cria a Biblioteca Prometeu Itinerante, especializada em literatura baiana contemporânea e com a proposta de atuar em diversos espaços, desde os tradicionais aos locais mais inusitados – escolas, faculdades, praias, praças públicas, associações de bairros, entre outros.

 Há aproximadamente quinze anos a música recebeu mais um novo amante das noites cantantes de Salvador, Tim, é assim que a maioria o conhece, Aloísio Chaves é o seu nome. Baiano, soteropolitano, tem contribuído com o repertorio da música popular brasileira com suas composições que tem tomado um brilho especial nas vozes de grandes interpretes da MPB. Possuidor de um talento nato e uma voz encantadora, músico que tem em sua bagagem conhecimento erudito adquirido na Ucsal. Tim Hoje já tem como parceria grandes compositores; Dominguinhos, Raimundo Sodré, João Sereno, Luar do Conselheiro, Targino Godin, Cardan Dantas, Luiz Melodia e outros.

 Larissa Alves, Cantora e Compositora, têm uma voz extremamente encantadora e letras marcadas por um romantismo perene. Teve um brilhante trabalho no comando da Banda Pierrot, cujo símbolo representava a brincadeira, a mistura, o não aos rótulos. Este era o espírito do grupo, que exibia um repertório de composições próprias, com letras que falam de percepções do cotidiano, angústias urbanas, amor e sentimentos, embaladas por um estilo leve, que misturava o pop e o rock, flertando com vários ritmos, como o punk e folk. A banda era composta por Larissa Alves (vocal), Nick Santos (guitarra), Rodrigo Santos (guitarra), Cleber Araújo (baixo), Wellington Guimarães (bateria) e Noy Souza (backing vocals).

Paulo Pedro Pepeu, Poeta baiano formado em   Psicologia na Universidade Federal da Bahia - 1991 com curso de especialização Epidemiologia - 1995 e Acupuntura 2003, já trabalhou: com fotografia na Tribuna da Bahia, Jornal da Cidade; com Arte integrada utilizou fotos (projeção de Slides) sobre a vida urbana, ecologia e aculturação indígena como cenário no show (Música & Dança) itinerante (norte e nordeste do Brasil) Jeito de Viver, juntamente com Jorge Alfredo, Suki V. Boas e Silvia Abreu em 1976; com Literatura Infantil: articulista especial da Folhinha - Folha de São Paulo tem participação na coleção lendas brasileiras ed. Maltese & Neo Kids resultado de pesquisas com mitos ameríndios e no CD - ROM Os Segredos do Macaco (infantil) com sua irmã Mônica Costa   e  que reúne mitos e textos científicos, desenhos e animações de Spacca e música de Roberto Villares. Em 1998 recebeu o Prêmio COPENE de Cultura e Arte na categoria Literatura, com o livro de poesia " Pronome em Nome do Nome com a participação do artista gráfico Renato Fonseca.
A Fulanas Cia de Circo foi criada em 2006 por artistas com formação profissional em artes circenses, artes cênicas e dança, todas com mais de 10 anos de experiência de trabalho artístico individual. Oriundas da Cia Picolino, tinham na bagagem profissional a participação em espetáculos que excursionaram pelo Brasil e pela Europa.Há 3 anos, a Fulanas Cia de Circo montou o espetáculo autoral Histórias Contadas de Cima, contemplado com o Prêmio Carequinha de Estímulo ao Circo 2007/ FUNARTE. Com recursos do Fundo de Cultura do Estado Bahia 2007, fez apresentações deste espetáculo em Salvador, em 2008, com elenco formado por Luana Serrat, Nana Porto, Lívia Matos, Carol Guedes e Bia Simões.Ainda em 2008, Luana Serrat e Nana Porto criaram o espetáculo A Rádio do Seu Coração, também contemplado com o Prêmio Carequinha de Estímulo ao Circo 2008. Com este espetáculo participaram em 2009 como convidadas do 19° Festival de Inverno de Garanhuns, Pernambuco. Neste mesmo ano, o grupo foi convidado a se apresentar no II Festival Paulista de Circo, em Limeira/SP, com “Quizás”, número conjunto de trapézio e tecido.Em 2010, com um número de trapézio duplo criado pro Bia Simões e e pela nova integrante Carine Gomes, a Fulanas participa do Festival Diamantino de Artes do Circo, na Chapada Diamantina e da 1ª Convenção Baiana de Malabares e Arte de Rua, Lauro de Freitas. As Fulanas Cia de Circo é formada hoje pelas artistas Luana Serrat, Bia Simões, Carine Gomes, Nina Porto, Nana Porto e Carol Guedes.

Nilson, ou Mano Jão, reside no bairro da Boca do rio e vem em busca de grandes metas e objetividades, em produção do seu primeiro cd solo A JORNADA CONTINUA, vem resgatando a magia de sua visão, formada e conceituada na periferia; procura desenvolver novas técnicas de flexibilidade. Tem grande conhecimento no que vem trazendo ao longo da sua trilha. Muitos chamam de Nova Escola, mas sua escola é a Rua e é nela que tem inspiração, com estilo gungstar e originalidade. Dentre alguns projetos, “ A Jornada Continua” é sua historia contada; de como vive, como se sente e de como pensa aquilo que sente. Junto com outros Rappers da boca do Rio, Mano Jão vem trazendo a bandeira de seu estilo.

Anízio Augusto Pimenta Silva, O Pimentinha, Figura emblemática da Boca do Rio, cercado de polêmicas, grande percussionista e excelente comerciante, ele tinha um bar, O BAR CARIBE DO PIMENTINHA, que era localizado há mais de 21 anos na Rua D. Eugênio Sales, nº 11, mesma rua do restaurante Tchê Picanhas e do Clube dos Médicos. Decoração com discos de vinil, sombrinhas de frevo, bonecos pendurados e garrafas plásticas; o Bar só abria ás Segundas-Feiras e ficava lotado, foi freqüentado por muitos artistas famosos e as fotos das presenças ficavam expostas na parede. Todos que chegavam recebiam a famosa benção; com um galho de arruda Pimentinha rezava contra o olho grosso.


Aloísio de Souza Almeida, 58 anos, mais conhecido como Aloísio Sky é Poeta e proprietário da barraca mais antiga da Praia dos Artistas na Boca do Rio; Aloísio é natural de Conceição do Almeida. Chegou a Salvador em 1973. Sua barraca, a Yellow Sky era onde muitos artistas costumavam se reunir, gente como os irmãos Zizi e José Possi Neto entre muitos outros que vinham curtir o verão de Salvador. O que tornaria uma marca foi o chapéu. O chapéu de abas largas, tipo sombreiro, com um pano amarrado e uma calça branca. Eis a figura de Aloísio Sky.
Anselmo Serrat, o guardião do circo Picolino. Em Salvador, a Escola Picolino de Artes do Circo começou em 1985, com Caráter de circo social e escola profissionalizante e depois de tantos anos é hoje uma referência internacional de trabalho social e de beleza de seus espetáculos. Sempre com casa cheia o Circo Picolino tem tirado muitos jovens da Boca do Rio e de outros lugares do mundo do Crack. Um lugar mágico na Boca do Rio? Sem dúvidas... Circo Picolino.

  Cláudio Machado, o Álcool, Grafitteiro e Fundador do Made In Periferia (MIP), uma Grife e também um time que participa da Liga Brasileira de Basquete de Rua.
Anderson ou Pirão, como é mais conhecido é Perfurador corporal estético profissional desde Julho de 1999 e Modificador coporal desde 2003. É também Body Suspender desde 2005; Brasileiro de Salvador BA. Vem se aprofundando em body mods desde 2002, começou scarificando e hoje domina implante 3D Art, Tongue Splitting, Transdermals Implants, Scalpelling, Ear Pointing, Piercings Genitais e Piercings exóticos.



Com características bem diferenciadas, o grupo de rap A Febre, mantém uma forte influência dos ritmos: funk, reggae e blues. Criando elementos
musicais voltados para raízes que vão de Bezerra da Silva, Edson Gomes, Adão Negro, Clã Nordestino, Zé Ramalho, Racionais Mcs e Notorious Big, mas principalmente usa em suas batidas o groove que os define como algo mais, dos “ritmos de rua” ou “músicas do gueto”.
O grupo surgiu no dia 25/11/2008, Batizado com uma gíria muito usada nas letras compostas por aqueles que formam o grupo, em pouco tempo assim como
o sugestivo nome A Febre, virou uma epidemia entre os adeptos do hip-hop.
Marcado pelo seu estilo musical e visual agressivo, A Febre é o resultado da transformação, evolução e conscientização dos seus formadores
ao longo dos anos, onde o rap deixou de ser algo relacionado ao crime, a violência ou revolta e virou música de qualidade com a ideologia das ruas.
O grupo de rap A Febre contém o que há de mais original no sentido histórico e fonográfico.
A Febre é rap de raiz olhando para o futuro.

 Madson Andrade é cantor e sanfoneiro; tem uma Banda chamada Forró Laska Coco, formada em fevereiro de 2001, é uma versão atualizada da banda Zabumbahê (mistura de ritmos nordestinos) que por oito anos apresentou-se em diversas cidades brasileiras e em 1996 lançou o CD “Zabumbahê”. Em 1998, a banda Zabumbahê sai vencedora no festival ‘Novos Talentos - as dez melhores bandas de São Paulo’, festival promovido pela casa de show KVA que resultou no Cd “Elenco Fast Band”. A estréia se deu em outubro de 2001, no evento “Velho Chico – 500 Anos”, realizado na cidade de Penedo. Fazendo o autêntico forró alagoano, possui sete CDs gravados e um DVD.
O Tradicional Terno de Reis, Grupo Cultural Semente da Roça é formada por dez integrantes entre rei, rainha, princesas, sambadeiras e sambadores. É Comandado pelo Mestre Zé Gaguinho, o José Raimundo Coutinho, natural de Santa Bárbara na Bahia, é o tradicional Terno de Reis da Boca do Rio, Que se apresenta em diversos eventos da Comunidade, bem como representa ela em outros eventos fora.

Glei Melo, renomado artista plástico conhecido por sua característica vanguardista, sendo o primeiro grafiteiro da Bahia. Domina também outras técnicas como por exemplo técnicas de Xilografia e aerografia. Ele faz parte da segunda geração de Artistas Modernos da Bahia, juntamente com Santi Scaldaferri, Calazans Neto e Estivalet, sua contribuição foi sempre pioneira e diversificada. Glei Melo foi também expoente na luta política, sendo preso político e respondendo por suas convicções.


Professor, ambientalista, paisagista e líder comunitário, Júlio Cézar de Menezes,  Morador há 40 anos da Boca do Rio, César  foi Administrador Regional da Comunidade, substituindo a economista Tânia Pena, que já havia feito um grande trabalho ao juntar os movimentos sociais e lideranças da comunidade. Hoje é Gestor do Parque Metropolitano de Pituaçú. César tornou-se líder comunitário, organizando e participando de mobilizações de interesse da região, como a defesa da preservação ambiental e de uma ocupação racional do Parque do Aeroclube.
"Temos o privilégio de morar cercados por riquezas naturais, como as dunas, o Parque Pituaçu e a Mata Atlântica da Paralela, que correm risco de desaparecimento e precisam do nosso cuidado para serem resguardados", expressou Meneses, afirmando que pretende dar continuidade "às lutas implementadas pela comunidade ao longo de 20 anos relacionadas ao meio ambiente, saneamento, geração de emprego e renda, violência, educação".



Branco desenvolve na comunidade da Baixa Fria, um trabalho Voluntário Altamente apaixonante com crianças e jóvens da localidade, tendo como objetivos reconstruir a cidadania através do combate a dengue, higiene bucal, apresentações de mostra de talentos, atividades culturais e lúdicas, resgatando a auto-estima. Branco é sem dúvidas GENTE QUE FAZ, é só pesquisar "Baixa Fria" no youtube para ver que indiscutivelmente este companheiro trabalha pela sua comunidade.


Beto de Bila, é poeta, xilogravurista, escultor, entalhador e foi Administrador do Parque Metropolitano de Pituaçú, sendo o primeiro líder popular comunitário a desempenhar tal função. Sua gestão foi marcada pela honestidade, heroísmo e corágem para administrar os muitos problemas do parque.


 Mazinho, é atual Presidente da Colônia de Pescadores, hoje leva adiante uma importante festa popular na comunidade, a Entrega do Presente do Pescador, que ocorre geralmente no dia 2 de fevereiro, dia de Yemanjá. Esta festa estava esquecida, e foi resgatada e preservada durante a gestão de Cézar Menezes na Administração Regional na Boca do Rio, fruto de muita luta e do apoio de populares hoje a festa é realizada, mas ainda carece de apoio governamental.


 
Mestre Paulo Tavares, 87 anos, vive há mais de sessenta anos na mesma rua no Caxundé e é o pescador mais antigo da Colônia de Pescadores da Boca do Rio.


Rosival Tinguinha, este é um dos maiores artistas da Boca do Rio, é Coreógrafo e apresenta a quadrilha junina com o seu grupo cultural Forró Lelê, é Artista Plástico e tem contribuido e muito com a estética da comunidade com seus murais utilizando material reciclado. Foi o autor da Homenágem a Michael Jackson que há na Boca do Rio, foi o protagonizador do episódio provocativo e comemorativo do Enterro do Vitória no Bairro, é Músico, Faz bonecos gigantes, símbolos do "Carnaval das antigas". Toca o Bar e espaço cultural Estrela Nordestina, ou seja...Rosival é Boca do Rio.


Béu Machado além de um administrador nato da música popular brasileira, do jornalismo, da poesia e de tudo que incentiva e enaltece a cultura, principalmente a cultura baiana, também tinha uma procupacão exacerbada com as causas sociais, com as famílias carentes, com o menor abandonado e, particularmente com as crianças desamparadas da Boca do Rio, bairro onde morou durante 20 anos e presenciou todo sofrimento e carência daquela comunidade. Dentre eles, seus amigos, na maioria , pessoas ligadas à vida artística em início de carreira. Por isso em sua residência as portas estavam sempre abertas para acolher as crianças de seus amigos e vizinhos que precisavam trabalhar e não tinham onde deixar os filhos. Porém, a cada dia este número de crianças aumentava, a ponto dos utensílios domésticos, assim como o espaço físico tornaram-se insuficientes para o uso de todos.
Daí surgiu a idéia de sua esposa , Maria José Machado, de transformar o andar térreo de sua própria casa em uma creche, para que as crianças tivessem mais espaço para brincar com segurança e conforto, atendendo assim um número cada vez maior de crianças carentes. Foi então que com objetivos claros de assistência prioritária a crianças, na sua manutencão básica de alimentação, higiene, saúde, e educação, que no dia 08 de abril de 1986, fundou-se a Creche Béu Machado, entidade não governamental, com fins estritamente de cunho filantrópico.


O grupo R.B.F. – Rapaziada da Baixa Fria, há 10 anos atua no movimento hip hop baiano, trazendo uma proposta africanista às suas bases. Nascida no ano de 2000, a banda é formada pelos MC´s Aspri, Heider e Iris, jovens do bairro do Cabula que procuram romper as barreiras do preconceito e da discriminação racial; e mais uma vez, como nos tempos das pescas do xaréu, os guerreiros do Quilombo Cabula voltam as suas referências na Boca do Rio.


Dudoo Caribe é Deejay, pesquisador da música Jamaicana e dos seus desdobramentos mundo afora.
Tem seu primeiro contato com a cultura popular produzida pela diáspora através do Samba Reggae e apartir daí, começa a pesquisar com mais afinco os ritmos afro-brasileiros, dando um destaque especial para o samba.  Com o desenvolvimento dos seus estudos rítmicos percebe que boa parte do material de pesquisa, só poderia ser encontrado nos registros fonográficos contidos nos LPs, compactos e 10”, produzidos apartir da década de 60. Torna-se um frequentador assíduo dos sebos de discos de sua cidade natal, Salvador-Bahia.Sua procura por fontes de difusão musical independente revela as semelhanças e entre a cultura dos "sound systems" (sistemas de som) jamaicanos e as festas populares, as famosas lavagens, seja pelo aspecto cultural, seja pelo aspecto econômico. É quando começa a compreender a conexão existente entre Bahia - Jamaica –Brasil.


Edenivaldo Gomes, 60. Conhecido como Seu Didi, vendedor de ervas medicinais no bairro da Boca do Rio. (Foto: Arivaldo Silva)
















Alan do Rap. Mestre de Cerimônias, Rapper, Músico, Compositor e Ativista da Reciclágem.
Alan do Rap é figura conhecida na comunidade como homem que caminhou pelos becos escuros e pelos palcos iluminados.



Josefa dos Santos, a Dona Jô foi por várias vezes eleita a Mulata mais bonita representando a Boca do Rio em diversos concursos, hoje, Baiana de Acarajé e Costureira de moda Afro-Indiana ela continua encantando com seus dotes culinários e estilísticos.


Marcão, Radialista, Locutor e Músico, Marcão marcou época na comunidade apresentando seu cover de Renato Russo, sua voz inconfundível ressoa na Radio Educadora e na Metrópole FM, comandando programas específicos de gêneros musicais de muito bom gosto.



















Ademar Lopes, Um dos maiores artistas plásticos na arte de esculpir em madeira, sua arte marcada pelo surrealismo e o barroco encanta a todos na comunidade.


















Pepe, é bem conhecido na Comunidade da Boca do Rio, Artista Plástico que tem sua obra quase toda na Europa e se mantém inovando em estilos e materiais utilizados. Pepe é um artista como poucos.




Pimenta do Violino, como é conhecido, é aclamado como o maior instrumentísta do gênero na Comunidade da Boca do Rio.



Esta Figura emblemática é Jó Miranda, músico veterano e respeitado da Comunidade da Boca do Rio, sempre fez parte da velha guarda e nunca deixou de participar dos festivais e rodas de boemia do bairro.






____________________________________________

Entre tantas as figuras importantes, além de manifestações e grupos culturais, a Boca do Rio se mostra celeiro indiscutível de artistas de todas as áreas e de todos os gêneros. Poderíamos passar horas, quiçá dias falando deles, portanto aqui nos desculpamos se todos não foram incluídos neste rol acima.
Mandem -nos nomes, fotos e releases para que nossa página fique sempre atualizada!
(bocadoriocultural@gmail.com)
Gostaria de recordar nomes importantes como o Mestre Santinho, Marcos do Berrante, os grupos de break da comunidade, Roque, o cantador de viola que fincou bandeira com o seu popular barzinho no alto do São Francisco...entre tantos e tantos outros guerreiros e guerreiras de minha maravilhosa comunidade da Boca do Rio.